sexta-feira, 5 de junho de 2009

"Dead Archives" continuation...





Como dizia anteriormente, embora a figura do arquivista tenha se tornado no Brasil, mesmo que timidamente, mais importante para as organizações nos últimos anos, pouco ainda se fala e se faz no país em relação à preservação de seus acervos documentais.

Neste sentido, segundo o professor Renato Tarciso: "os objetivos de políticas públicas de arquivo devem ser pautados, inicialmente, pelo direito do cidadão à informação e, também, pelo apoio à administração, à proteção da memória e ao desenvolvimento científico".

Todavia, é necessário que se vá além da formulação de políticas que assegurem o acesso, pelo cidadão, das informações ditas públicas. É necessário que se invista em cidadãos que estejam conscientes da importância da preservação dos documentos enquanto fontes necessárias à construção do patrimônio histórico e cultural da sociedade e enquanto pilar essencial para a compreensão da identidade, hoje multifacetada, de um povo, como fruto de sua memória.

Essa questão é primordial para o entendimento de porque ainda hoje o profissional do arquivo é chamado de arquivologista e o motivo da denominação dos arquivos permanentes, enquanto locais de preservação de uma documentação tão importante para a Nação, de arquivo morto.

Talvez seja esse um dos principais problemas da administração pública brasileira: entender seu Arquivo como uma grande massa documental acumulada sem critérios, desprovido de necessidade de uso, inanimado, sem vida, em outras palavras, morto.

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