terça-feira, 21 de julho de 2009

I'll be back




Com o fim do semestre e a sensação de dever quase cumprido, descansar um tempo e esquecer o blog por alguns dias foram consequências inevitáveis. Embora alguns discordem, estudante também é gente. Como um, fui obrigado a deixar, mesmo que temporariamente, as malas todas guardadas e as ideias vá estudar as novas regras da língua portuguesa se vc achou que tinha um acento ali enclausuradas para, pelo menos uma vez na vida, me dedicar um pouco ao árduo trabalho.

Desta forma, permanecemos inertes por um longo período. Todavia, como dito durante as aulas de Diplomática, o objetivo é que prossigamos com este trabalho. Aos poucos retornaremos o ritmo normal das postagens e esperamos que o trabalho continue sendo apreciado por todos...

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sexta-feira, 3 de julho de 2009

Análise dos documentos



Espécie: Camiseta
Forma: original
Formato: de camiseta
Tipo: Camiseta de futebol de participação em copa do mundo
Função Administrativa: Identificar jogadores durante partida de futebol
Função Arquivística: Comprovar participação em partida de final de copa do mundo de 1958
Suporte: Tecido
Sinais de validação: logo da Confederação Brasileira de Desportos, etiqueta com informações do produtor
Gênero: Textual (CBD)
Fundo: Fundo Pessoal Edson Arantes do Nascimento
Data Tópica: Brasil
Data Cronológica: junho de 1958



Gênero: textual
Espécie: bola
Forma: original
Formato: esférico(circunferência de aprox. 64cm)
Tipo: bola de futebol de comprovação de participação em copa do mundo
Função administrativa: servir de objeto para realização de partidas de futebol
Função arquivistica: comprovar participação na copa do mundo de 1958
Suporte: couro
Sinais de validação: logo da confederação brasileira de desportos, informações sob produtor e logo do país que recebeu a copa (suécia)
Fundo: Fundo Pessoal Edson Arantes do Nascimento
Data tópica: Brasil (a bola foi fabricada no Brasil, vide foto)
Data cronológica: junho de 1958
Gênero: textual
Espécie: bilhete
Forma: original
Formato: folha avulsa
Tipo: Bilhete de entrada em estádio de futebol para realização de promessa
Função administrativa: autorizar de acesso ao jogo
Função arquivistica: comprovar realização de promessa
Suporte: papel
Sinais de validação:marca d'água, logotipo da Confederação Brasileira de Desporto
Fundo: Fundo Pessoal Edson Arantes do Nascimento
Data tópica: Brasil
Data cronológica: 1950

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Pesquisa Bibliográfica




A pesquisa bibliográfica é o passo inicial na construção efetiva de um protocolo de investigação, quer dizer, após a escolha de um assunto é necessário fazer uma revisão bibliográfica do tema apontado. Essa pesquisa auxilia na escolha de um método mais apropriado, assim como num conhecimento das variáveis e na autenticidade da pesquisa.

Ressaltada a importância da pesquisa bibliográfica na edificação de um projeto de pesquisa, fica claro a pertinência de um trabalho voltado para esse primeiro passo. Assim como as demais etapas do processo investigativo possuem critérios, a pesquisa bibliográfica também os possui. O apontamento destes é um dos objetivos deste post.

Em nosso trabalho de análise dos documentos, as seguintes bibliografias foram utilizadas:

ANCONA LOPEZ, André Porto. Tipologia Documental de partidos e associações políticas brasileiras. São Paulo: Programa de pós-graduação em História Social (USP); Ed. Loyola, 1999.

BELLOTO, Heloísa Liberalli. Como fazer análise diplomática e análise tipológica em arquivística; reconhecendo e utilizando o documento de arquivo. São Paulo: Associação de Arquivistas de São Paulo/Arquivo do Estado, 2000. (Projeto Como Fazer)

______. Diplomática e Tipologia Documental. In: Arquivos Permanentes: tratamento documental. 2 ed. Rio de Janeiro: FGV, 2004. p 45-63

______. Identificação diplomática dos documentos. In: Arquivos Permanentes: tratamento documental. São Paulo: T.A Queiroz, 1991.

DURANTI, Luciana. Diplomática: usos nuevos para uma Antigua Ciência. Trad. Manuel Vásquez. Córdoba - Argentina, 1995.

GRUPO DE TRABAJO DE ARCHIVEROS MUNICIPALES DE MADRID. Manual de tipologia documental delos municipios. Madrid: Consejeria de Cultura de la Comunidad de Madrid, 1988. (Archivos, Estudios, 2).

CAMARGO, Ana Maria de Almeida & BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Dicionário de Terminologia Arquivística. São Paulo: Secretaria da Cultura, 1996.


Fonte: PESQUISABIBLIOGRAFICA

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Glossário



O dicionário eletrônico Houaiss conceitua um glossário como um conjunto de termos de uma área do conhecimento e seus significados. A importância de um glossário em trabalhos como este são demonstrados pela necessidade do conhecimento de alguns termos que requerem uma especial atenção quanto à sua função no entendimento do trabalho.

Os termos que foram importantes quando da análise dos documentos relacionados são:

Arquivo

Conjunto de documentos manuscritos, gráficos, fotográficos etc. produzidos, recebidos e acumulados no decurso das atividades de uma entidade pública ou privada, us. inicialmente como instrumentos de trabalho e posteriormente conservados como prova e evidência do passado, para fins de direito dessa entidade ou de terceiros, ou ainda para fins culturais e informativos. (Dicionário Houaiss)

Data tópica

O lugar de produção do documento. (Belloto)
Elemento de identificação do lugar de produção de um documento.(Dicionário de Terminologia Arquivística)

Data Cronológica

Elemento de identificação cronológica pelo qual se indica a data em que o documento foi produzido (dicionário de terminologia arquivística)

Diplomática

Disciplina que tem como objeto o estudo da estrutura formal e da autenticidade dos documentos.(d.b.t.a)


Documento

Qualquer objeto de valor documental (fotografias, peças, papéis, filmes, construções etc.) que elucide, instrua, prove ou comprove cientificamente algum fato, acontecimento, dito etc. (Dicionário Houaiss)

Unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte (Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística)

Registro de uma informação independentemente da natureza do suporte que a contém (Paes)

Espécie documental

Divisão de gênero documental que reúne tipos documentais por suas características comuns de estruturação da informação (dicionário de terminologia arquivística)

É a configuração que assume um documento de acordo com a disposição e natureza das informações nele contidas. (CAMARGO & BELLOTTO)

Forma ou a Tradição documental

Estágio de preparação e transmissão de um documento(minuta, original, cópia)(Belloto)


Formato

Configuração física de um suporte, de acordo com a sua natureza e o modo como foi confeccionado (Belloto)

Função

Atividade natural ou característica de algo (elemento, órgão, engrenagem etc.) que integra um conjunto, ou o próprio conjunto (dbta)


Fundo

Conjunto de documentos de uma mesma proveniência (d.b.t.a)


Gênero documental

Reunião de espécies documentais que se assemelham por seus caracteres essenciais, particularmente o suporte e a forma de registro da informação (d.b.t.a)

Proveniência

Instituição ou pessoa legitimamente responsável pela produção, acumulação ou guarda dos documentos (Belloto)

Sinal de validação

Unidade de informação para transmissão de uma mensagem visando validar, tornar ou declarar algo válido, legítimo, validamento (Dicionário Houaiss)

Suporte

Material sobre o qual as informações são registradas, como papel,pergaminho, filme, disco óptico, disco magnético, fita magnética etc.) (Belloto)


Tipo documental

Divisão de espécie documental que reúne documentos por suas características comuns no
que diz respeito à fórmula diplomática, natureza de conteúdo ou técnica do registro (d.b.t.a)

Tipologia Documental

Ampliação da Diplomática em direção à gênese documental, perseguindo a contextualização nas atribuições, competências, funções e atividades da entidade
geradora/acumuladora. (Belloto)









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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Conhecendo o contexto de produção e o produtor arquivístico dos documentos analisados


Dico calça as chuteiras e sai para fazer o que mais gosta: jogar futebol. Em campo, o menino magrinho, de 11 anos, é dono de si e da bola. Ele dribla, cabeceia, empurra e mira no gol. Na ocasião, a pequena platéia da cidade de Bauru (Interior de São Paulo) não fazia idéia que nascia ali Pelé, o maior atleta de todos os tempos. Mas foi nos gramados da Vila Belmiro que ele se tornou Rei.

Eu sonhava em jogar como meu pai", confidenciou Edson Arantes do Nascimento, mineiro da cidade de Três Corações, filho de Celeste e do conhecido jogador Dondinho. Edson teve uma surpresa, porque Pelé foi muito além. Superou seu próprio sonho e, até mesmo, a promessa de ganhar uma Copa do Mundo para seu pai. "Na final da Copa de 50, o Brasil perdeu para o Uruguai e meu pai ficou muito emocionado. Quando eu o vi em lágrimas, só pude pedir para que não chorasse porque eu iria ganhar uma Copa do Mundo para ele", lembrou o Rei, que saiu campeão de três Copas do Mundo, colecionou mais de 50 títulos e 1.281 gols em sua gloriosa carreira.

Quando o Atleta do Século XX, ainda aos cinco anos, mudou-se para São Paulo com sua família, Dondinho passou a atuar no Bauru Atlético Clube (BAC). Seguindo os passos maestrais de seu pai, Dico brilhou em equipes amadoras da região, como Ameriquinha e Baquinho, e sua intimidade com a bola o fez conquistar títulos de artilheiro e um novo apelido: Pelé.

Em pouco tempo, os pés daquele menino franzino e de uniformes folgados no corpo tomariam um novo rumo. Aos 11 anos, Pelé foi descoberto pelo jogador Waldemar de Brito que o convidou a fazer parte da equipe que estava organizando: o Clube Atlético de Bauru. Para selar compromisso com o destino, o mesmo jogador que o descobriu, o levaria, anos depois, para o Santos Futebol Clube.

Aos 16 anos, participou de um torneio de quatro equipes européias e brasileiras. O time em que atuou foi um combinado Santos e Vasco e, em uma das partidas, Pelé fez três belos gols. Daí em diante, o Brasil todo começou a enxergar o futuro Rei do Futebol.

Convocado para usar a camisa verde e amarela, em 1957, Pelé levou o país a conquistar o título de campeão da Copa Roca. "Foi meu primeiro título internacional e com a camisa da Seleção Brasileira", lembrou. O sucesso continuou aos pés de Pelé durante a disputa do Campeonato Paulista de 57, do qual foi artilheiro. "Já no meu primeiro campeonato, fiz 36 gols. Para um garoto de 16 para 17 anos, essa é uma grande conquista", declarou o dono da imortalizada Camisa 10.

Em menos de um ano, Pelé viu-se diante da grande oportunidade de concretizar a promessa que havia feito a seu pai: ganhar uma Copa do Mundo. Seu primeiro gol na Copa foi contra o País de Gales e classificou o Brasil para a semifinal. Na final da Copa de 58, a Seleção Brasileira conquistou seu primeiro título mundial depois de ter goleado a anfitiriã Suécia por 5 a 2. Pelé não agüentou e desmaiou em campo. "A emoção de participar de algo tão grandioso foi tão importante para mim que nem consigo expressar. Foi a primeira vez que fiz uma viagem para o Exterior e, ainda, realizei meu maior sonho. Com 17 anos, tornei-me o mais novo campeão do mundo. Além disso, levamos o nome do Brasil para fora e demos abertura para outros negros participarem da Copa, pois, até então, eu era o único", declarou o Rei.

Fonte: SAMBAFOOT

Neste sentido, o grupo se utilizou de uma história real, a história do maior jogador de futebol do planeta, para inserir os documentos analisados neste contexto.

Os documentos analisados dizem respeito a uma promessa realizada por Pelé, então com 9 anos de idade, a seu pai. Com a derrota da seleção brasileira para o Uruguai na final da Copa da Mundo de 1950, ao ver seu pai, grande fanático por futebol, em lágrimas, prometeu a ele que ganharia uma Copa em sua homenagem.

A parte fictícia de nossa contextualização começa aí. Como forma de comprovar a primeira parte de sua promessa, o garoto guarda consigo o ingresso que seu pai se utilizou para assistir à grande final no Maracanã. Esse ingresso mais tarde comporia o arquivo pessoal do rei como compravação de sua promessa e vitória.

Com seu avanço técnico e envelhecimento, Pelé é convocado para compor a seleção brasileira de futebol que disputaria a Copa de 1958. Pelé vê aí a oportunidade de cumprir a promessa feita a seu pai. (fatos verídicos).

Com o fim da copa e a superação na final da Suécia, o Brasil se torna campeão e Pelé, emocionado, para guardar consigo a memória desta conquista e como comprovação do cumprimento de sua promessa decidi, então, guardar a camiseta do final da copa e a bola utilizada em um de seus gols durante a partida.

Pronto. A promessa foi cumprida e os documentos estão agora contextualizados com a função que ocupam dentro do fundo de seu produtor arquivístico.




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Acadêmico da vez


André Porto Ancona Lopez

O final do semestre se aproxima, em busca de ganhar uns pontos a mais fazer uma homenagem a este grande professor, mentor desta interessante ideia de se montarem os blogs, alguns muitos interessantes o nosso melhor, fica aqui uma forma de se conhecer um pouco mais a respeito de seu trabalho e sua produção acadêmica. Além disso, vale destacar o grande ser humano que demonstrou ser ao longo do semestre, com seu bom humor e seus questionamentos que muito nos fizeram evoluir, trazendo novas questões que direcionarão muitos trabalhos no futuro. Quero meu ponto, professor. Um abraço aos colegas que tiveram a ideia de homenagear o mentor e isso é um plágio descarado da ideia deles O ARQUIVO! .

André Porto Ancona Lopez é professor do Departamento de Ciência da Informação e Documentação da Universidade de Brasília, onde leciona, entre outras disciplinas, Diplomática e Tipologia Documental para o curso de graduação em Arquivologia somo nozes e Metodologia de pesquisa para o Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação.

Especializou-se na organização de arquivos pelo IEB/ECA-USP após ter se graduado em História pela FFLCH-USP. Seu mestrado em História Social (USP) foi publicado sob o título Tipologia documental de partidos e associações políticas brasileiras (Ed. Loyola, 1999).

Doutorou-se em 2001 pela FFCLH-USP, com o trabalho "As razões e os sentidos: finalidades da produção documental e interpretação de conteúdos na organização arquivística de documentos imagéticos". Publicou, pelo Arquivo do Estado de São Paulo, em 2002, o livro Como descrever documentos de arquivo: elaboração de instrumentos de pesquisa. Sua experiência arquivística inclui passagens por várias instituições, entre as quais o Centro de Documentação do Movimento Operário Mário Pedrosa (CEMAP), o Arquivo de Negativos da Prefeitura de São Paulo (SMC-DPH) e o Arquivo do Município de Amparo, do qual foi diretor.

Conheça mais sobre o André, clicando aqui

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quarta-feira, 1 de julho de 2009

Documentos contemporâneos e sua autenticidade: Aplicação prática


Dilma contrata laudos que negam autenticidade de ficha



A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, encaminhou à Folha dois laudos técnicos, por ela custeados, que apontaram "manipulações tipográficas" e "fabricação digital" em uma ficha reproduzida pela Folha na edição do último dia 5 de abril.

A ficha contém dados e foto de Dilma e lista ações armadas feitas por organizações de esquerda nas quais a ministra militou nos anos 60. Dilma nega ter participado dessas ações.

A imagem foi publicada pela Folha com a seguinte legenda: "Ficha de Dilma após ser presa com crimes atribuídos a ela, mas que ela não cometeu". O laudo produzido pelos professores do Instituto de Computação da Unicamp (Universidade de Campinas) Siome Klein Goldenstein e Anderson Rocha concluiu: "O objeto deste laudo foi digitalmente fabricado, assim como as demais imagens aqui consideradas. A foto foi recortada e colada de uma outra fonte, o texto foi posteriormente adicionado digitalmente e é improvável que qualquer objeto tenha sido escaneado no Arquivo Público de São Paulo antes das manipulações digitais".

O laudo produzido pelo perito Antonio Nuno de Castro Santa Rosa da Finatec (Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos), ligada à UnB (Universidade de Brasília), chega às mesmas conclusões.

A ministra anexou o laudo da Unicamp em carta ao ombudsman da Folha. "Diante da prova técnica da falsidade do documento, solicito providências no sentido de que seja prestada informação clara e precisa acerca da "ficha" fraudulenta, nas mesmas condições editoriais de publicação da matéria por meio da qual ela foi amplamente divulgada, em 5 de abril de 2009", escreveu Dilma.

Em reportagem publicada no dia 25 de abril, intitulada "Autenticidade de ficha de Dilma não é provada", a Folha reconheceu ter cometido dois erros na reportagem original. O primeiro foi afirmar, na Primeira Página, que a origem da ficha era "o arquivo [do] Dops". Na verdade, o jornal recebera a imagem por e-mail. O segundo foi tratar como verdadeira uma ficha cuja autenticidade não podia ser assegurada, bem como não podia ser descartada.

O jornal também publicou um Erramos com os mesmos esclarecimentos. A ministra se disse insatisfeita, questionou a nova reportagem e decidiu contratar um parecer técnico.

Para a análise, os professores descartaram a imagem da ficha reproduzida pela Folha em sua edição impressa. Captaram na internet cinco imagens "com conteúdo similar ao utilizado pelo jornal Folha de S.Paulo". Dentre elas, escolheram como "objeto do laudo" a imagem divulgada no blog do jornalista Luiz Carlos Azenha, que reproduz artigos que criticam o jornal e questionam a autenticidade da ficha.

Para os peritos, a imagem do blog era a que tinha "a maior riqueza de detalhes". Goldenstein disse à Folha que "todas as imagens são de uma mesma família" e que a qualidade da imagem publicada pelo jornal não é boa o suficiente para "análise nenhuma".

Os professores compararam a imagem com documentos reais que supostamente teriam alguma semelhança (papel, caracteres) com a ficha questionada. Trata-se de cópias de fichas de presos pela ditadura, hoje abrigadas no Arquivo Público paulista. Escolheram as produzidas entre 1967 e 1969.

Contudo, no Erramos e na reportagem publicados no final de abril, a Folha havia explicado que a origem da ficha não era o Arquivo Público. A imagem não é datada --relaciona eventos ocorridos entre 1967 e 1969, mas pode ter sido produzida em data posterior.

Para concluir que a fotografia foi "recortada e colada", os professores compararam a foto de Dilma com fotos que encontraram no mesmo arquivo. A ficha questionada não informa que a foto de Dilma foi obtida naquele arquivo.

Sobre a impressão digital contida na ficha, os peritos apontaram não ser possível nenhuma conclusão, devido à baixa qualidade da imagem. Crimes negados

Ouvido pela Folha na última quinta-feira, Goldenstein disse que não leu o blog do jornalista em que captou a imagem analisada e tampouco a reportagem original da Folha. "Não estou criticando o que a Folha fez. Vou ser bem sincero, eu nem li a reportagem original da Folha. Não cabe a mim julgar absolutamente nada. Meu papel é analisar essas imagens digitais que estão circulando na internet. O que a ministra me pediu: "É possível verificar, é possível um laudo sobre a autenticidade/origem da imagem? É possível dizer se vieram ou não do Arquivo Público?"."

Doutor em ciência da computação pela Universidade de Pennsylvania (EUA), ele diz que foi o primeiro laudo externo que produziu em sua carreira. A ficha questionada era uma das imagens que ilustrava a reportagem original cujo título foi: "Grupo de Dilma planejou sequestro de Delfim Netto".

Na carta à Folha, Dilma escreveu: "Reitero que jamais fui investigada, denunciada ou processada pelos atos mencionados nesse documento falso e de procedência inidônea, ao qual não se pode emprestar nenhuma credibilidade".

A Folha tem procurado checar a autenticidade da ficha. Foram contatados três peritos de larga experiência na análise de documentos e um especialista em imagens digitais.

Todos disseram que teriam dificuldades em emitir um laudo, pois necessitavam do original da ficha, que nunca esteve em poder da reportagem. Disseram que a análise de uma imagem contida num e-mail não seria suficiente para identificar uma eventual fraude.

Fonte:Folha OnLine



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