quinta-feira, 2 de julho de 2009

Conhecendo o contexto de produção e o produtor arquivístico dos documentos analisados


Dico calça as chuteiras e sai para fazer o que mais gosta: jogar futebol. Em campo, o menino magrinho, de 11 anos, é dono de si e da bola. Ele dribla, cabeceia, empurra e mira no gol. Na ocasião, a pequena platéia da cidade de Bauru (Interior de São Paulo) não fazia idéia que nascia ali Pelé, o maior atleta de todos os tempos. Mas foi nos gramados da Vila Belmiro que ele se tornou Rei.

Eu sonhava em jogar como meu pai", confidenciou Edson Arantes do Nascimento, mineiro da cidade de Três Corações, filho de Celeste e do conhecido jogador Dondinho. Edson teve uma surpresa, porque Pelé foi muito além. Superou seu próprio sonho e, até mesmo, a promessa de ganhar uma Copa do Mundo para seu pai. "Na final da Copa de 50, o Brasil perdeu para o Uruguai e meu pai ficou muito emocionado. Quando eu o vi em lágrimas, só pude pedir para que não chorasse porque eu iria ganhar uma Copa do Mundo para ele", lembrou o Rei, que saiu campeão de três Copas do Mundo, colecionou mais de 50 títulos e 1.281 gols em sua gloriosa carreira.

Quando o Atleta do Século XX, ainda aos cinco anos, mudou-se para São Paulo com sua família, Dondinho passou a atuar no Bauru Atlético Clube (BAC). Seguindo os passos maestrais de seu pai, Dico brilhou em equipes amadoras da região, como Ameriquinha e Baquinho, e sua intimidade com a bola o fez conquistar títulos de artilheiro e um novo apelido: Pelé.

Em pouco tempo, os pés daquele menino franzino e de uniformes folgados no corpo tomariam um novo rumo. Aos 11 anos, Pelé foi descoberto pelo jogador Waldemar de Brito que o convidou a fazer parte da equipe que estava organizando: o Clube Atlético de Bauru. Para selar compromisso com o destino, o mesmo jogador que o descobriu, o levaria, anos depois, para o Santos Futebol Clube.

Aos 16 anos, participou de um torneio de quatro equipes européias e brasileiras. O time em que atuou foi um combinado Santos e Vasco e, em uma das partidas, Pelé fez três belos gols. Daí em diante, o Brasil todo começou a enxergar o futuro Rei do Futebol.

Convocado para usar a camisa verde e amarela, em 1957, Pelé levou o país a conquistar o título de campeão da Copa Roca. "Foi meu primeiro título internacional e com a camisa da Seleção Brasileira", lembrou. O sucesso continuou aos pés de Pelé durante a disputa do Campeonato Paulista de 57, do qual foi artilheiro. "Já no meu primeiro campeonato, fiz 36 gols. Para um garoto de 16 para 17 anos, essa é uma grande conquista", declarou o dono da imortalizada Camisa 10.

Em menos de um ano, Pelé viu-se diante da grande oportunidade de concretizar a promessa que havia feito a seu pai: ganhar uma Copa do Mundo. Seu primeiro gol na Copa foi contra o País de Gales e classificou o Brasil para a semifinal. Na final da Copa de 58, a Seleção Brasileira conquistou seu primeiro título mundial depois de ter goleado a anfitiriã Suécia por 5 a 2. Pelé não agüentou e desmaiou em campo. "A emoção de participar de algo tão grandioso foi tão importante para mim que nem consigo expressar. Foi a primeira vez que fiz uma viagem para o Exterior e, ainda, realizei meu maior sonho. Com 17 anos, tornei-me o mais novo campeão do mundo. Além disso, levamos o nome do Brasil para fora e demos abertura para outros negros participarem da Copa, pois, até então, eu era o único", declarou o Rei.

Fonte: SAMBAFOOT

Neste sentido, o grupo se utilizou de uma história real, a história do maior jogador de futebol do planeta, para inserir os documentos analisados neste contexto.

Os documentos analisados dizem respeito a uma promessa realizada por Pelé, então com 9 anos de idade, a seu pai. Com a derrota da seleção brasileira para o Uruguai na final da Copa da Mundo de 1950, ao ver seu pai, grande fanático por futebol, em lágrimas, prometeu a ele que ganharia uma Copa em sua homenagem.

A parte fictícia de nossa contextualização começa aí. Como forma de comprovar a primeira parte de sua promessa, o garoto guarda consigo o ingresso que seu pai se utilizou para assistir à grande final no Maracanã. Esse ingresso mais tarde comporia o arquivo pessoal do rei como compravação de sua promessa e vitória.

Com seu avanço técnico e envelhecimento, Pelé é convocado para compor a seleção brasileira de futebol que disputaria a Copa de 1958. Pelé vê aí a oportunidade de cumprir a promessa feita a seu pai. (fatos verídicos).

Com o fim da copa e a superação na final da Suécia, o Brasil se torna campeão e Pelé, emocionado, para guardar consigo a memória desta conquista e como comprovação do cumprimento de sua promessa decidi, então, guardar a camiseta do final da copa e a bola utilizada em um de seus gols durante a partida.

Pronto. A promessa foi cumprida e os documentos estão agora contextualizados com a função que ocupam dentro do fundo de seu produtor arquivístico.



1 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom esse blog.
Parabéns mesmo!
Continuem!